Entrevistas 

Estufa Pedagógica: um projeto de integração

O espaço escolar é um espaço rico em possibilidades de aprendizagem e interação. Não se aprende apenas na sala de aula, mas em todos os espaços da escola. Foi com este pensamento que surgiu este projeto que entrou, finalmente, em funcionamento na ANV.

A Bateira falou com a professora Fernanda Neves, docente da Educação Inclusiva e atual responsável pelo projeto, que nos prestou, de forma solícita e entusiasmada, várias informações sobre este novo espaço ao serviço das aprendizagens dos alunos.

A Bateira: Professora Fernanda, o que é a Estufa Pedagógica e quais são os seus objetivos?

Profª Fernanda: A Estufa Pedagógica é um espaço protegido que permite, de uma forma mais regular ao longo do ano, desenvolver com os alunos as atividades experimentais de germinação, de cultivo e de utilização dos produtos produzidos, sobretudo na culinária (cozinha pedagógica).

Os objetivos do desenvolvimento deste projeto são sensibilizar, consciencializar e contribuir para a formação integral dos alunos numa perspetiva de preparação para a vida.

Pretende também estimular a curiosidade pelos fenómenos naturais, assim como sensibilizar para a degradação e a destruição do meio ambiente de uma forma geral e educar para a reciclagem e reutilização de materiais.

A Bateira: Quando e como nasceu o projeto?

Profª Fernanda: Trabalhar uma horta escolar proporciona um ambiente de interação, inclusão, educação ambiental, educação alimentar, que só poderá contribuir para o enriquecimento global dos alunos; Nesse sentido, e ao longo dos diversos anos, tenho vindo a promover atividades relativas a essa temática com os alunos que beneficiam de medidas educativas (Decreto - Lei 54 de 2018 de 6 de Julho), no Centro de Apoio a Aprendizagem (CAA), que iniciou com o Projeto Jardim Aromático e que se estendeu para a necessidade de criar um espaço capaz de permitir novas experiências e outra qualidade para desenvolver as atividades ao longo do ano, tendo em conta as diferenças climáticas, que impediam as mesmas. Assim, há sensivelmente quatro anos, em conjunto com o Professor Alcides Pires, o Projeto foi elaborado (estrutura, cálculos, materiais, local, etc) e aprovado, mas só há três anos foi possível dar início ao mesmo com a colaboração da Professora Fernanda Abrantes, de Ciências Naturais. A Estufa foi concluída no ano passado, mas devido à pandemia não foi utilizada.

No presente ano letivo foram feitas algumas melhorias ao estado de conservação e o trabalho para que foi destinada foi realizado com sucesso. Há ainda a referir que tudo foi possível uma vez que tivemos sempre apoio do Assistente Operacional Sr. Carlos Gomes.

Este projeto passou a ser do interesse da comunidade escolar e em especial da Escola de Fermentelos.

A Bateira: Já agora, por curiosidade, que materiais foram utilizados e que quantidades?

Profª Fernanda: Para termos a Estufa Pedagógica como está hoje, foram reutilizadas 2418 garrafas de água de 1,5 litros, que ao longo de dois anos foram recolhidos na pela comunidade escolar com o propósito desta construção. Foram também utilizadas seis paletes de madeira para as floreiras do exterior, paus de estaca e ainda pregos, cola de madeira, arame e plástico grosso.

A Bateira: Quantos alunos e professores estão envolvidos no projeto?

Profª Fernanda: No presente ano letivo são sete os alunos envolvidos, quatro do 3º ciclo e três alunos do 1º ciclo. Ao nível docente, este ano letivo, estou eu como responsável pelo Projeto e como colaboradora está a professora Isabel Almeida, de Ciências Naturais.

A Bateira: Que produtos plantam?

Profª Fernanda: Plantamos não só hortícolas como tomate, alface frisada, espinafre, curgete, pepino, rúcula, agrião da terra, pimento e pepino, mas também ervas aromáticas como salsa, cebolinho, orégãos, alecrim, manjericão, hortelã-pimenta, tomilho, tomilho-limão e coentros.

A Bateira: Com tantos produtos, como os vão utilizar ou distribuir?

Profª Fernanda: Iremos utilizá-los na realização de atividades de culinária, na nossa cozinha pedagógica e, pontualmente, na venda de alguns produtos que necessitam de utilização rápida para não haver desperdícios.

A Bateira: Neste momento, qual o balanço que já se pode fazer da experiência?

Profª Fernanda: Segundo os alunos, a experiência está a ser muito boa, pois vimos o nosso trabalho desenvolver-se de forma positiva. A experiência tem sido produtiva, interessante e queremos continuar. Há a referir ainda que os alunos envolvidos manifestaram entusiasmo e felicidade pelo facto de os colegas das respetivas turmas respeitarem, valorizarem e colaborarem neste projeto.

Pensamos ainda que a estufa pedagógica é um espaço de grande interesse para a Escola: por um lado, pela dinâmica criada que, aos poucos, vai envolvendo todos os ciclos; por outro, torna o espaço exterior mais rico; finalmente, porque este projeto se enquadra na linha de outros projetos já existentes de âmbito ambiental, como a Escola Amiga do Ambiente e o Eco-Escolas.

13/06/2021


Entrevista ao Professor Armando Rosendo

Foi realizada uma entrevista a um dos professores que está a lecionar nesta escola há muitos anos.

Há quantos anos dá aulas?

Dou aulas há 36 anos.

Matemática ou Ciências?

Ambas.

Manhã ou tarde?

É indiferente.

Turmas grandes ou pequenas?

Turmas pequenas

Testes básicos ou complexos?

Testes básicos

Inverno ou verão?

Verão

Férias ou trabalho?

Férias

Turmas mistas ou turmas homogéneas?

Ambas. Não tenho preferência.

Aulas teóricas ou aulas práticas?

Aulas práticas

Método de ensino tradicional ou método moderno?

Misto

5º ou 6º?

Indiferente

Carne ou peixe?

Misto

Cidade ou campo?

Campo

Arroz ou batatas?

Ambas

Entradas ou sobremesas?

Entradas

Doce ou salgado?

Salgado


12/03/2020   


Entrevista à professora Isabela Azevedo

Quando é que decidiu tornar-se professora? Porquê?

R: A minha decisão foi tomada após a conclusão do Ensino Secundário, em Mangualde.

Esta opção está muito relacionada com o facto de, ao longo de vários anos, sentir que a docência permitia melhorar a sociedade. Quero acreditar que a minha prestação profissional possa contribuir para atingir esse fim.

Adaptou-se bem à nossa escola? E porquê?

R: Sim. A minha experiência de 20 anos como professora permite-me ter a capacidade de me adaptar com facilidade a novas Escolas e Projetos Educativos. No entanto, não posso deixar de referir, de uma forma genuína, que o acolhimento que tive me deixou e me deixa muito satisfeita por exercer a minha atividade profissional junto de vós.

Gosta do "nosso" ambiente escolar? Porquê?

R: Gosto muito do ambiente escolar de todo o agrupamento. Tive a oportunidade de encontrar colegas, colaboradores e um ambiente pedagógico que, no seu conjunto, representam um elevado grau de satisfação.

Já trabalhou em muitas escolas? Se sim, quais?

R: Sim, já trabalhei em várias escolas: Instituto Superior de Ciências Educativas; Agrupamento de Escolas de Gouveia; Agrupamento de Oliveira do Hospital; Agrupamento de Escolas de Arouca; Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul; Agrupamento de Escolas Dr. Ferreira da Silva, Oliveira de Azeméis; Agrupamento de escolas de Águeda Sul.

Qual a escola que mais a marcou (pela positiva ou pela negativa)?

R: Todas as escolas por onde passei representam momentos distintos da minha vida profissional.

Numa avaliação global, e ao fim de 20 anos, tenho a convicção que os momentos bons foram muito superiores aos apontamentos menos positivos.

Porquê as disciplinas de Matemática e de Ciências Naturais?

R: A decisão de optar por Matemática e Ciências tem duas razões objetivas: a primeira prende-se com o gosto das duas ciências em causa; a segunda razão está muito relacionada com o facto de ter tido excelentes professores, nestas duas áreas disciplinares, no ensino secundário.

Se não fosse professora, o que gostava de ser?

R: Seria professora. Não me consigo imaginar, neste momento, a fazer outra coisa.


12/03/2020   

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