Educação Inclusiva

Atividade dos alunos do CAA

O Município de Águeda lançou o desafio de um trabalho artístico - O meu ambiente, uma tela - subordinado ao tema "Rios". A nossa escola de Fermentelos abraçou o desafio. 

Assim, os alunos do CAA, após um estudo da Pateira e das suas características, apresentaram-na nesta tela.

22/06/2021


Estufa Pedagógica: um projeto de integração 

O espaço escolar é um espaço rico em possibilidades de aprendizagem e interação. Não se aprende apenas na sala de aula, mas em todos os espaços da escola. Foi com este pensamento que surgiu este projeto que entrou, finalmente, em funcionamento na ANV.

A Bateira falou com a professora Fernanda Neves, docente da Educação Inclusiva e atual responsável pelo projeto, que nos prestou, de forma solícita e entusiasmada, várias informações sobre este novo espaço ao serviço das aprendizagens dos alunos.

A Bateira: Professora Fernanda, o que é a Estufa Pedagógica e quais são os seus objetivos?

Profª Fernanda: A Estufa Pedagógica é um espaço protegido que permite, de uma forma mais regular ao longo do ano, desenvolver com os alunos as atividades experimentais de germinação, de cultivo e de utilização dos produtos produzidos, sobretudo na culinária (cozinha pedagógica).

Os objetivos do desenvolvimento deste projeto são sensibilizar, consciencializar e contribuir para a formação integral dos alunos numa perspetiva de preparação para a vida.

Pretende também estimular a curiosidade pelos fenómenos naturais, assim como sensibilizar para a degradação e a destruição do meio ambiente de uma forma geral e educar para a reciclagem e reutilização de materiais.

A Bateira: Quando e como nasceu o projeto?

Profª Fernanda: Trabalhar uma horta escolar proporciona um ambiente de interação, inclusão, educação ambiental, educação alimentar, que só poderá contribuir para o enriquecimento global dos alunos; Nesse sentido, e ao longo dos diversos anos, tenho vindo a promover atividades relativas a essa temática com os alunos que beneficiam de medidas educativas (Decreto - Lei 54 de 2018 de 6 de Julho), no Centro de Apoio a Aprendizagem (CAA), que iniciou com o Projeto Jardim Aromático e que se estendeu para a necessidade de criar um espaço capaz de permitir novas experiências e outra qualidade para desenvolver as atividades ao longo do ano, tendo em conta as diferenças climáticas, que impediam as mesmas. Assim, há sensivelmente quatro anos, em conjunto com o Professor Alcides Pires, o Projeto foi elaborado (estrutura, cálculos, materiais, local, etc) e aprovado, mas só há três anos foi possível dar início ao mesmo com a colaboração da Professora Fernanda Abrantes, de Ciências Naturais. A Estufa foi concluída no ano passado, mas devido à pandemia não foi utilizada.

No presente ano letivo foram feitas algumas melhorias ao estado de conservação e o trabalho para que foi destinada foi realizado com sucesso. Há ainda a referir que tudo foi possível uma vez que tivemos sempre apoio do Assistente Operacional Sr. Carlos Gomes.

Este projeto passou a ser do interesse da comunidade escolar e em especial da Escola de Fermentelos.

A Bateira: Já agora, por curiosidade, que materiais foram utilizados e que quantidades?

Profª Fernanda: Para termos a Estufa Pedagógica como está hoje, foram reutilizadas 2418 garrafas de água de 1,5 litros, que ao longo de dois anos foram recolhidos na pela comunidade escolar com o propósito desta construção. Foram também utilizadas seis paletes de madeira para as floreiras do exterior, paus de estaca e ainda pregos, cola de madeira, arame e plástico grosso.

A Bateira: Quantos alunos e professores estão envolvidos no projeto?

Profª Fernanda: No presente ano letivo são sete os alunos envolvidos, quatro do 3º ciclo e três alunos do 1º ciclo. Ao nível docente, este ano letivo, estou eu como responsável pelo Projeto e como colaboradora está a professora Isabel Almeida, de Ciências Naturais.

A Bateira: Que produtos plantam?

Profª Fernanda: Plantamos não só hortícolas como tomate, alface frisada, espinafre, curgete, pepino, rúcula, agrião da terra, pimento e pepino, mas também ervas aromáticas como salsa, cebolinho, orégãos, alecrim, manjericão, hortelã-pimenta, tomilho, tomilho-limão e coentros.

A Bateira: Com tantos produtos, como os vão utilizar ou distribuir?

Profª Fernanda: Iremos utilizá-los na realização de atividades de culinária, na nossa cozinha pedagógica e, pontualmente, na venda de alguns produtos que necessitam de utilização rápida para não haver desperdícios.

A Bateira: Neste momento, qual o balanço que já se pode fazer da experiência?

Profª Fernanda: Segundo os alunos, a experiência está a ser muito boa, pois vimos o nosso trabalho desenvolver-se de forma positiva. A experiência tem sido produtiva, interessante e queremos continuar. Há a referir ainda que os alunos envolvidos manifestaram entusiasmo e felicidade pelo facto de os colegas das respetivas turmas respeitarem, valorizarem e colaborarem neste projeto.

Pensamos ainda que a estufa pedagógica é um espaço de grande interesse para a Escola: por um lado, pela dinâmica criada que, aos poucos, vai envolvendo todos os ciclos; por outro, torna o espaço exterior mais rico; finalmente, porque este projeto se enquadra na linha de outros projetos já existentes de âmbito ambiental, como a Escola Amiga do Ambiente e o Eco-Escolas. 

13/06/2021

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